21 julho 2009

Uma espécie de desabafo...

Devo ser bipolar. Digo-o respeitando aqueles que, de facto, sofrem deste problema. Mas, sempre tive uma tendência natural para recorrer à melancolia e posteriormente a uma profunda alegria. Voltando sucessivamente a cada um dos estados.
Serei um ET? Estranho ou incongruente?
Se há coisa que gosto é perder-me a ouvir um tema melancólico que, necessariamente, nos prende ainda mais naqueles estado de espírito. Por outro lado, a alegria e vasculhar no leitor de mp3 "giant steps" quase a 200bpm e ficar numa espécie de cápsula do tempo, repleto de energia, busca e positivismo.
É neste estado que vou montando as minhas teorias e gerindo a forma como vou organizando a minha concepção do universo.
Nunca se deram conta que levamos a vida demasiado encerrada no concreto?
Pensamos demasiado no racional e esquecemo-nos de levantar voo... Vivemos o nosso curto tempo e pouco mais fazemos que arranhar a superfície daquilo que há para levar da nossa passagem por aqui.
Não se trata de metafisica, filosofia, psicologia e tudo o resto. Trata-se de não percebermos a nossa própria dimensão, ou pelo menos, não nos preocuparmos com ela.
E que acontece depois?
Depois, damos por nós a nos lamentarmos de não termos dito um obrigado a alguém que o merecia, de não termos sorrido a um tio já idoso, de não termos ido visitar um avô velhinho que sentia a nossa falta e que entretretanto já partiu, sem tão pouco nos termos despedido dele.
Depois, não temos quase nada a que nos agarrar, assumem-se as rotinas na incursão diária para o trabalho, e dele para casa. Vivemos preocupações que não deviam ser nossas. Deitamos o tempo à rua.
Não! não estou a ver isto pelo lado negro, muito pelo contrário, estou sim a fazer uma apologia da vida e de a gozar.
É uma espécie de desabafo, uma espécie de epifania...

2 comentários:

' Claudjinha disse...

acho q todos somos um bocado bipolares... e todos temos no minimo 2 personalidades... o que estamos aqui a fazer e de onde viemos e para onde vamos, perguntas que toda a gente já fez, a si proprio e aos outros, faz parte da existencia humana, descobrir um sentido para a sua vida... nao te preocupes pq nao és ET :P

blue disse...

Pois... há mais como tu, ou como nós, por aí. Foi o que vim a descobrir.
Costumo dizer que somos seres pensantes - se isso é bom ou mau, enfim, são outras conversas. Somos como somos. Saber que há outros como nós, pelo menos a mim, transmite-me uma sensação tranquilizadora.

Quanto aos altos e baixos - ou estados repetitivos - bem, compartilho da tua opinião. Já me dei conta que se recuar no blogue (o do sapo) poderia facilmente confirmar esse ciclo de que falas.

São extremos, são avassaladores - nem sempre saudáveis, ou quase nunca - mas cada vez mais acredito que acabamos por viver mais intensamente. E de que a vale a vida, senão para ser "sentida"?